quinta-feira, 11 de setembro de 2014

|Resenha| : O Doador de Memórias - Lois Lowry

Editora: Arqueiro | Edição: 2014  |ISBN: 9788580412994 | Páginas:192


"Um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existem sentimentos. Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças do antigo mundo foram apagados de suas mentes. A única pessoa encarregada possuir essas memórias é o guardador de memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento. Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo. Descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar. "
O Doador de Memórias é uma distopia, quando lemos esse nome, lembramos de Jogos Vorazes, Divergente ou outra similar, mas a história é bem diferente do que se espera. 
O mundo criado pela a autora é tão perfeito (sem conflitos), que parece errado. No mundo em que vivemos, sabemos que não é possível haver um mundo inteiramente perfeito, é só olhar para a situação de alguns setores do nosso país que despensa explicações sobre o descaso com as necessidades humanas.
Nesse mundo do livro, existem inúmeras regras, inclusive, há um livro contendo todas elas. Todos os cidadãos devem segui-las, do contrário, serão punidos e repreendidos. Quando Jonas é escolhido para ser o Recebedor de Memórias, não é do mesmo jeito que a Tris escolhe a Audácia em Divegente, ou a Katniss se oferece para os Jogos Vorazes. O protagonista não é visto como uma ameaça, mas sim como uma figura de respeito.
É incrível o modo como são narrados os sentimentos e as memórias, é como se fosse um jeito mais intenso do que sentimos e pensamos. Na história, só o Jonas e o Doador entendem como é isso, afinal, só eles têm acesso a memórias passadas.  
Existem várias reflexões que podem ser feitas através desse livro, sobre questões de princípios e a ignorância da sociedade para com o que a rodeia.
O livro tem alguns mistérios, sendo descobertos no decorrer do enredo. Uma narrativa instigante, não fisga o leitor inteiramente, mas o prende bastante para ficar curioso até o final da história.
É uma distopia diferente de todas que já li, uma boa para quem procura algo do mesmo universo, só que mais distinto, sendo ao mesmo tempo interessante e reflexivo. 

Hoje (11 de Setembro) é a data de estréia da adaptação cinematográfica do livro no Brasil. Pelo trailer, percebi que deixaram várias cenas do livro, como também mudaram algumas para se adequar ao formato e público-alvo ao qual a história é destinada. Assista abaixo o trailer:

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