"Você nunca conheceu ninguém como Sarah Nelson. Enquanto a maioria dos amigos adora Harry Potter, ela passa o tempo escrevendo cartas para Atticus Finch, o advogado de O sol é para todos. Coleciona palavras-problema em um diário, tem uma planta como melhor amiga e vive tentando achar em si mesma sinais de que está ficando louca. Não é à toa: a mãe tentou afogá-la e ao irmão quando eles tinham apenas dois anos, e desde então mora em uma instituição psiquiátrica. O pai, professor, tornou-se alcoólatra."
Fica claro pela sinopse que a personagem principal é no mínimo singular. A Sarah fica bastante preocupada que a loucura que mãe dela possui tenha geneticamente passado para ela, então é meio neurótica por esse medo o tempo todo.
A Sarah é bem introspectiva, por ter passado por tantas mudanças em um curto período de tempo, ela omite qualquer fato sobre a mãe dela, com medo de ser julgada pela sociedade. Então, para evitar que todos descubram a verdade sobre sua família, ela passa a mentir, para a própria proteger seus segredos.
A protagonista é tão diferente e isso consegue fazer o leitor se relacionar com ela pela justa singularidade. A autora consegue transmitir os pensamentos e sentimentos da personagem perfeitamente. Não é um drama, nem uma cômica história, é como um mistura equilibrada de ambos.
A história também mostra várias referências ao clássico da literatura que é O Sol é Para Todos, já que a Sarah escreve cartas para um dos personagens desse livro e de certa forma atiça a curiosidade daquele leitor que não conhecia a história, que é o meu caso. O Sol é Para Todos já está na minha lista de leitura, espero algum dia ter a oportunidade de lê-lo.
O livro traz inúmeras reflexões e lições muito importantes, apesar de a personagem ter apenas 12 anos de idade. Consegue ser emocionante e leve ao mesmo tempo, trazendo temas como amizade,família e até crescimento psicológico. Foi um dos melhores livros lidos neste ano, super indicado.
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